terça-feira, junho 19, 2007

Um pedaço de mim



Há anos eu não fazia um disparate. E nunca havia feito um virtual. Achava que era uma coisa boba, mas deu um bom trabalho pensar nas respostas, que à primeira vista parecem óbvias. Mas é preciso revolver no quarto de despejo de nossas lembranças e preferências para responder – por sinal, não sei o de vocês, mas o meu é bem bagunçado. Acabei mesclando preferências atuais com coisas bem do passado, que já não lembrava, mas que me marcaram muito. Lembrei que gostava (e ainda gosto) de histórias de detetive, mas nunca mais me havia animado a comprar e ler – mais um item para a lista de novas prioridades. E também que sei arrumar o cabelo sozinha, só faço penteado em salão se estou com preguiça ou sem tempo. Quando criança perdia o café para fazer trunfa no cabelo. E ficavam bonitas, ninguém entendia como eu conseguia prender bem sem usar mil grampos. Hoje sei que sou uma grande fã do Peter Lorre, ator alemão, um dos maiores vilões do cinema que acabei descobrindo assistindo filmes para a minha pesquisa. E que sei escolher bons lugares para comer, não só pela boa comida como por serem lugares bonitos – e isso é tudo pra mim.Também deveria ser para a maioria dos estabelecimentos sem que isso acarretasse num superinflacionamento da conta.

Lucy, você lançou o desafio e aí está. Não teria ninguém em mente para quem lançar essas perguntas neste momento, até porque sou uma blogueira iniciante e relapsa. Mas se alguém além das dez moscas fãs da Dietrich quiser responder, let me know.

1. Sete coisas que faço bem:
• Macarrão a carbonara
• Compras no supermercado (ou “fazer mercantil”, como se diz no Ceará)
• Arrumar o cabelo
• Fazer massagem
• Escolher restaurantes
• Dirigir (principalmente em estrada)
• Conversar por hoooooras

2. Sete coisas que não sei fazer:
• Tocar piano
• Dançar balé
• Guardar dinheiro
• Procurar coisas
• Esconder sentimentos
• Abrir garrafa de vinho
• Comer comida natural e dizer que amei

3. Sete coisas que me atraem no sexo oposto:
• Cuidado
• Inteligêngia
• Maldade e veneno (na medida certa)
• Bom humor
• Barba (também vale aquela por fazer, que arranha o rosto, hummm!)
• Boa pegada (que ninguém tá falando aqui de amor espiritual, ora!)
• Não ter medo de dizer que gosta de você

4. Sete coisas que não suporto no sexo oposto:
• Indefinição
• Indiferença
• Machismo
• Medo de sentir
• Não saber dialogar (ou fazer isso na base do grito e da briga)
• Ignorar o fato de que homens e mulheres são seres diferentes
• Desmantelo (porque isso inclui os gostos musicais, literários – quando existem -, de roupas, de estilo de vida duvidosos)

5. Sete coisas que digo com freqüência:
• Ora, pipocas!
• Vaaalha... (com esse jeitinho arrastado mesmo)
• Tô com fome!
• Vixe!
• Tô com sono...
• O que você trouxe pra mim?
• Nãã...

6. Sete atores/atrizes que eu gosto:
• Marília Pêra
• Clive Owen
• Caio Blat
• Alessandra Negrini
• Raul Cortez
• Audrey Hepburn
• Dustin Hoffman
• Peter Lorre

7. Sete atores/atrizes que eu detesto:
• Sandra Bullock
• Dolph Lundgren
• Fernanda Lima (será que dá pra considerar atriz só porque esteve em novela?)
• Marcos Pasquim
• Humberto Martins
• Samara Felippo
• Regina (eu tenho medo!) Duarte

8. Sete filmes que eu adoro:
• O fabuloso destino de Amélie Poulain
• Bonequinha de Luxo
• M, o vampiro de Düsseldorf
• Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
• Houve uma vez dois verões
• O Poderoso Chefão (I e II)
• Lavoura Arcaica

9. Sete filmes que eu detesto:
• Porky’s (todos)
• Todo Mundo em Pânico (não deviam ter gasto película com isso, custa tão caro...)
• Xuxa Gêmeas (“porque eu não sei ser vilã”)
• High School Musical (Deus, eles não sabem o que fazem!)
• Jogos Mortais (não dá uma completa gastura em vocês, não?)
• Pornochanchadas (mas a palavra em si é genial, não é?)
• Filmes com bichos humanizados


10. Sete livros favoritos:
• Dôra, Doralina – Rachel de Queiroz
• Elas Gostam de Apanhar – Nelson Rodrigues
• Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres – Clarice Lispector
• Os olhos que não queriam dormir – Maria Antônia Ramos Coutinho (foi um dos primeiros livros que li, maravilhoso)
• Histórias de detetive em geral
• A Insustentável Leveza do Ser – Milan Kundera
• O Evangelho segundo Jesus Cristo – José Saramago


11. Sete lugares favoritos: • São Paulo
• Cinema
• Teatro
• Lugares antigos em geral
• Sebos
• Serra da Meruoca e Guaramiranga
• Restaurantes

segunda-feira, junho 04, 2007

Sei lá, eu acho que... sei não!


Passei um bom tempo sem postar. Preguiça, falta de tempo, mas no fundo acho que era falta mesmo do que dizer. Ou talvez seja preciso fazer o que estou fazendo agora: parar de esperar pela tal de inspiração (até porque eu prefiro caras a musas inspiradoras, oras!) e colar meu traseiro flácido na cadeira para escrever alguma coisa. E por falar em flácido... consegui engordar uns seis quilos! Logo agora que eu tinha mandado apertar aquela pantalona preta linda porque ela ameaçava cair em público. Agora isso!



E nem adianta dizer que nem parece que engordei, que ter o tipo físico da modelo esquálida é só para as modelos e que eu sou alta e isso não interfere. O grande problema é que eu me SINTO gorda. Tenho aquela sensação de que tem alguma coisa sobrando em mim na barriga, na perna, na bochecha. Fora que não há nada pior do que sentir que todas as roupas te apertam e incomodam e que o dinheiro da bolsa não dá pra renovar o guarda-roupa. E se não sou do tipo que toma anfetaminas ou faz dietas malucas, também não consigo parar de comer. Mas tudo isso é minha culpa, única e exclusivamente. Não consigo resistir a uma massa, um doce, passo horas sem comer e depois caio de boca em besteira, acho que a comida natural é feita de isopor colorido, passo muito tempo sem beber água... ou seja, tudo o que anula qualquer possibilidade de emagrecimento saudável.

Tudo isso começou quando comecei a morar sozinha. Primeiro que, por uma medida de controle de gastos, tive que dispensar a Carmelita, minha secretária do lar (vai chamar de empregada pra ver o que acontecia!). E não é só o problema de não ter alguém pra fazer seu almoço todo dia: a Carmelita era minha grande companheira, sempre almoçávamos juntas e conversávamos. A questão é que além de perder a pessoa que fazia minhas refeições (o que me força a viver de quentinhas e self-services já que não tenho tempo, saco nem talento para cozinhar), a falta de ter alguém em casa me faz cair de boca na geladeira e passar horas em frente da televisão ou do computador. Um prato cheio, com o perdão do trocadilho!

Poxa, eu não queria ter cinqüenta quilos. Só queria poder me sentir leve de novo pra caber na minha querida pantalona. Também não queria uma receita pra ficar magra em uma semana. Queria ter coragem. E disciplina. Será que um dia eu consigo?